Missão S. Tomé e Príncipe - Diário de Viagem, por Daniel Pinto
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Domingo, 2005-09-11 23:09:28

Esta entrada corresponde a 5ª-feira (8 de Setembro)

Finalmente! Depois de nos ter acontecido de tudo um pouco, regressamos a Angolares. Mas o dia de hoje também nos trouxe as suas surpresas. Parece que esta semana nada corre como devia.
Acordei às 6 da manhã com um jogo de futebol mais emotivo nas traseiras da casa onde tenho ficado. A essa hora já o dia está bem iluminado e, depois de tanto descansar nos últimos dois dias, achei melhor aproveitar a manhã para tirar algumas fotografias da cidade. Percorri a avenida entre a casa onde estou e o forte da baía de Ana Chaves (agora transformado em museu), construído para defender a cidade de ataques de piratas e corsários. Mas os planos para fotografar o centro histórico foram por água abaixo. O nosso motorista deveria trazer o passaporte do Dr. Stepan Harbuz de Angolares até à capital, onde o documento era necessário para conferir a sua assinatura junto do banco. Era com a duração dessa viagem que estava a contar para fotografar os monumentos. Contudo, a porta que liga a cozinha (à qual o motorista tinha acesso) ao resto da casa tinha ficado fechada à chave. Assim, tivemos de nós buscar o passaporte. Levei uma hora e quinze minutos a percorrer os 42 quilómetros até Angolares. Já estava com saudades das estradas completamente esburacadas, da chuva constante, da vegetação muito mais densa e do cantinho a que agora chamo casa. Encontrámos o nosso motorista e pedimos-lhe que fosse comprar um peixinho para o jantar. Depois da minha dieta forçada, um peixinho assado ia cair mesmo bem. Na viagem de regresso consegui desviar-me de mais alguns buracos (desconfio que no final da missão já conheço todos os buracos da estrada, mas ainda assim vai ser impossível evitá-los a todos), tornando-a um pouco menos desconfortável.
Chegados à cidade, rapidamente despachámos a burocracia no banco, pelo que ainda tivemos tempo para comprar alguma fruta (um ananás e duas papaias) antes de partir novamente ao final da tarde. Ansiávamos por um belo peixinho assado, por isso a terceira viagem do dia pareceu bastante mais longa. Contudo, ao chegar a Angolares, encontramos desilusão em lugar do peixe prometido. O nosso motorista tinha falhado novamente, de maneira que tivemos de recorrer ao nosso velho amigo de quem já tínhamos algumas saudades: o atum em lata. Mas nem tudo estava perdido, havia ananás e papaia para a sobremesa, um verdadeiro luxo!
No final do jantar fui para o computador, era preciso dactilografar as entradas do diário dos dias anteriores, organizar as fotografias e colocar tudo online. Eram 23h20 e estava mentalizado para me deitar um pouco mais tarde, mas depois lembrei-me: a partir da meia-noite não há electricidade em Angolares! Despachei-me o mais que pude. Depois de acabar a electricidade até fiquei a escrever no computador à luz de uma vela (um paradoxo tecnológico!), mas a bateria do portátil não tinha tido tempo de carregar completamente. Fiquei com pena, pois deixei a narrativa desta semana a meio e amanhã parto outra vez para a capital, pelo que só terei novamente acesso à internet domingo ou 2ª-feira, altura em que espero ajustar contas com o calendário.
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Comentários

2010-12-30 21:12:55
Filipa Reis

Olá Daniel! :) sou interna de pediatria e tenho uma grande vontade de fazer 3 meses de voluntariado na missão de São Tomé, que está a necessitar de médicos com urgência. Se tiveres disponibilidade, gostaria que me respondesses para o e-mail para podermos falar um bocadinho, pois tenho algumas duvidas importantes sobre a missão e penso que poderias ajudar a esclarece-las. Obrigada, feliz ano novo!

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