Segunda-feira, 2005-10-24 23:10:33
O dia começou com a entrega de uma bola e algum material escolhar no jardim de infância de Angolares. Seguiu-se uma reunião com o Delegado de Saúde, o Dr. Américo. Tinha havido em Porto Alegre mais um caso de cólera durante o fim-de-semana. Tratava-se de uma pessoa que vivia junto ao primeiro doente. Tínhamos agora dois caso da doença, pelo que se tornou ainda mais importante desenvolver todos os esforços para a conter. Seguimos para Porto Alegre e o Dr. Américo ficou a fazer a consulta no hospital. Antes de começar a consulta, fizemos uma acção de rua junto da população local para divulgar os casos de cólera na sua povoação e distribuir os panfletos que tinha estado a fazer ontem, ao mesmo tempo que sublinhávamos a importância do cumprimento destes conselhos.
Na consulta vi a jovem de vinte anos com epilepsia que tenho seguido. Continua a ter crises convulsivas com muita frequência, mas fiz ver à mãe que a medicação demora até actuar e que temos de subir a dose lentamente. Espero que dentro de algumas semanas o número de crises diminua. Vi também um jovem de 20 anos que tinha levado uma pancada de uma tábua num dos olhos. Na altura, tinha ido à urgência de oftalmologia na capital, onde lhe receitaram alguns medicamentos. Agora, passados vários dias, quase não conseguia ver desse olho. A situação pareceu-me ter um prognóstico bastante mau (a pupila nem sequer tinha a resposta habitual à estimulação pela lanterna), mas enviei-o novamente à consulta de oftalmologia.
À tarde tivemos o descanso bem merecido depois de um fim-de-semana a trabalhar: areia, água bem quente e muito sol na praia piscina. No regresso comprámos em Porto Alegre um cacho com quase cem bananas por apenas um euro e meio (sem oferta de cólera, espero).
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