Terça-feira, 2005-11-01 23:11:41
O Dr. Américo estava hoje na capital, de modo que de manhã dividimo-nos novamente: eu fiquei no hospital e o resto da equipa AMI foi fazer consulta nos postos comunitários. Foi uma manhã calma, vi os doentes da enfermaria e fiz dez consultas, a maioria crianças com infecções respiratórias. Terminei por volta das dez horas. Quando voltava para casa encontrei o Manuel, o cozinheiro da Roça S. João, que me convidou para ir dar um passeio. Subimos à roça e ele esteve-me a mostrar os campos onde cultivam os vegetais utilizados no restaurante: batata-doce, mandioca, cana-de-açúcar, jaca, outros frutos cujo nome eu não fixei, etc.
Já ao princípio da noite chamaram do hospital para ir ver um doente. Era um homem com dor abdominal e vómitos. Como o próprio dizia que tinha visto lombrigas nas suas dejecções, o diagnóstico não era muito difícil: tinha uma parasitose intestinal. Enquanto via este doente apareceu mais um caso complicado: uma jovem de 15 anos com dor abdominal e muito queixosa. À observação não me pareceu que existisse nada de muito grave no abdómen, o que não me deixou muito descansado pois a dor abdominal poderia ser um sintoma de uma doença sistémica como a malária. Mediquei a doente para a malária e para uma possível parasitose intestinal. Depois de jantar liguei para o hospital para saber como estavam os doentes: ambos dormiam tranquilamente, o que é um bom sinal.
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