Missão S. Tomé e Príncipe - Diário de Viagem, por Daniel Pinto
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Segunda-feira, 2005-09-19 21:09:39

Esta entrada corresponde a 6ª-feira (16 de Setembro)

Antes de partirmos para os postos de consulta, passámos como habitualmente pelo hospital. Normalmente apenas para trazer o funcionário que dispensa os medicamentos, mas hoje tinha-mos alguém à espera. Tratava-se de uma menina de oito anos, trazida ao hospital pela mãe, que contava que a menina teria sido violada por um rapaz de dezassete anos. O Dr. Stepan Harbuz, que é ginecologista, procedeu ao exame objectivo, após o que elaborámos o relatório. Foi ainda necessário dar algumas instruções aos enfermeiros, pouco habituados a lidar com o rigor que implica uma situação médico-legal. O dia de hoje trouxe pouco trabalho em termos de consultas, o que não é muito habitual. Tínhamos apenas dois doentes em Iô Grande e três em Dona Augusta. Nenhum dos casos era especialmente interessante. Acabámos por volta das 10h30. Estamos a aguardar que estejam reunidas as condições para adicionar um novo posto de saúde à sexta-feira, para que possamos rentabilizar melhor o dia. No entanto, este processo é mais complexo do que possa parecer à primeira vista: é que as outras localidades nem sequer têm um edifício onde se possa dar consulta (isto é, com o mínimo de condições de higiene e logística assegurada). Regressados a Angolares, fizemos um pequeno teste à distribuição de bens. Oferecemos quatro bolas de futebol às crianças de Angolares e da roça de S. João e tomámos nota de todos os habitantes da roça, respectivas idades e número de calçado, para posteriormente lhes oferecermos roupa e sapatos. Hoje almoçámos um peixe diferente: fulfulo (um pouco maior que um carapau, mas de sabor mais parecido com o atum). Comprámos 6 peixes por 25000 dobras (dois euros) aos pescadores locais.
Depois de almoço paguei o facto de ser sempre o último a ir para a cama (por ficar a escrever o diário!) e fiz uma sesta, enquanto os meus colegas foram para a praia de Micondô. Recuperadas algumas forças, dediquei o resto da tarde a desenvolver um registo informatizado para os doentes da AMI no distrito, projecto que ainda levará algum tempo a completar.
Agora, quando me preparava para colocar esta entrada no diário, tive uma surpresa desagradável: não há acesso à internet. A vida em África tem destas coisas, talvez amanhã... espero.
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